POEMA INACABADO
Qualquer dia, eu termino o meu poema
Aquele que guardei impublicável
Que eu mesma censurei e escondí
Nele eu desnudo a tua alma
Junto à minha já exposta
Eternamente inacabado
Só a estrofe final
Eu terminei bruscamente
Nas minhas noites insones
Aquele final intenso
Eu repito como um mantra
Em meditação transcendente
E mesmo assim, o contundente final
Chega forte, insistente
Pedindo transmutação
Enquanto tento dormir...
Irene Duarte Iduarth
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