segunda-feira, 19 de novembro de 2012

EMOÇÕES - II



...Do quase nada
Emoções se achegam
sem hora para chegar
sem avisos
impactantes, sem pensar .
.
 Energias vêm e vão
se chocam, se digladiam
 ou se harmonizam...
e explodem no ar
  em forma de arco-iris
flores, cicatrizes e dores
Sons sedurores
querendo ficar
Corpo e alma 
em insensata euforia
vivendo intensamente
e morrendo lentamente 
a cada instante
 enquanto tudo vivencia.

Iduarth

sábado, 17 de novembro de 2012

BENÇÃO - CHICO XAVIER


BENÇÃO

Nasceste no lar que precisavas;
Vestiste o corpo físico que merecias;
Moras onde melhor Deus te proporcionou;
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta;
Busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

CHICO XAVIER

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dois Poemas de Friedrich Nietzsche


Friedrich Nietzsche 
 Friedrich Wilhelm Nietzsche Alemanha 1844 // 1900 Filósofo
 
1 - Remédio para o Pessimismo 

 Queixas-te porque não encontras nada a teu gosto?
São então sempre os teus velhos caprichos
Ouço-te praguejar, gritar e escarrar...
Estou esgotado, o meu coração despedaça-se.
Ouve, meu caro, decide-te livremente.
A engolir um sapinho bem gordinho,
De uma só vez e sem olhar.
É remédio soberano para a dispepsia.



2 - A Minha Felicidade 


 Depois de estar cansado de procurar
Aprendi a encontrar.
Depois de um vento me ter feito frente
Navego com todos os ventos.

Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Casa da Poesia - Desafio Semanal 56 - POESIA - irene duarte


 http://api.ning.com/files/3y4Tv9pdnD3NMZlUjxejq-SH9UZVDsIy9hHXAR3FrYjsIm3vyeg3vbY6sQKmnLpN9vykSV8r1Xe2cWazRCx*bf2M1x7i8911/vulto1.jpg
Luz do Ocaso


 ...Da vida que não vivi
  inconformado.
Assombra-me estar aqui.
O que mal entrevejo
são apenas sombras 
do que esquecí de viver
         
Neste lugar
que nem sei por que estou
sou um fantasma assustado 
 com esta placa de luz do ocaso
que nos limita e nos separa
entre a efêmera existência
e o silêncio da eternidade 

IreneDuarte 


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O FILME


Acrílica sobre tela
sem título - iduarth

Ví esse filme várias vezes 
e de várias formas
ví tantas vezes que perdí a conta
em terceira dimensão
 colorido
 preto e branco...
 Tantas vezes ví
que conheço os detalhes
as mensagens
o esplendor
a maquiagem
as núvens do céu
sei até quantos passarinhos voam
Os personágens, 
indo e vindo
os sorrisos e as lágrimas
os cenários, um a um...
As emoções vão às alturas
sobem e descem 
como fogos de artifícios
e neste cenário de reprodução
fico a olhar ainda embevecida
 tanta humanidade contida
neste filme deslumbrante
mas, querendo asas para voar
e ir a algum lugar
livre dos desencontros
pra descançar os meus olhos 
de tantas lágrimas  
 choradas, sentidas 
e contidas

IreneDuarte


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O NASCER PARA O ALÉM



O NASCER PARA O ALÉM...



 Há quem morra todos os dias
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão. 

 Texto: Padre Juca
Adaptação: Sandra Zilio



De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.

Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!
Texto: Padre Juca
Adaptação: Sandra Zilio